sexta-feira, 22 de abril de 2011

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Todos já sabem da sagrada tradição sueca de produzir grandes bandas dentro do cenário AOR/Melodic Rock, e um dos maiores expoentes dentro do universo dos bons sons é, sem dúvida alguma, o Treat. Na estrada há mais de duas décadas, a banda lança álbuns consistentemente bons e sempre mantendo as características mais notáveis: guitarras e teclados aliados a vocais arrasadores. E tudo isso você encontra nas medidas exatas no poderoso "Coup De Grace", lançado em 2010 e considerado por grande parte de seus fãs - eu, inclusive - como um dos melhores álbuns da banda, se não o melhor deles até agora.

O interlúdio instrumental "Coup De Grace" prepara o terreno para "The War Is Over", rocker avassalador que traz as guitarras a frente, mas acompanhadas de perto pelos teclados e empurradas pela bateria. Uma verdadeira paulada que é seguida por "All In", outro rocker poderoso, porém, mais cadenciado e igualmante empolgante. Gosto muito da métrica e do refrão dessa canção, além da interpretação de Robert Ernlund me soar como uma das melhores do álbum. Outra pancada capaz de fazer voar a peruca da titia é "Papertiger", um torpedo sonoro com todos os igredientes do mais tradicional AOR Made In Sweden, onde os teclados sempre disputam espaço com as guitarras. Rocker empolgante e para ser ouvido no volume máximo! Na sequência surge "Roar", canção que vai lhe agradar muito se as anteriorse cumpriram seu papel. Guitarras e teclados aos montes, cercados por vocais empolgantes e bateria muito bem marcada.

Como os brutos também amam, depois de tanto rock é hora daquela tradicional balada e "A Life To Die For" assume a repoinsabilidade de emocionar os amantes dos bons sons, e acredito que ela consegue cumprir a missão sem muito esforço, apoiada em um belíssimo refrão e melodia muito bem construída. Pode não ser muito original, mas é um dos destaques do álbum, com toda certeza. Retomando o caminho rocker temos "Tangled Up", rocker curto e grosso feito coice de porco, com suas guitarras acompanhadas pela bateria incansável do excelente Jamie Borger e emoldurado por backing vocals precisos. Outra canção muito bacana é "Skies Of Mongolia", apesar de não ter o mesmo brilho de suas antecessoras. Ainda assim você encontra todas aquelas guitarras que prendem sua atenção desde o início, fato que também na excelente "Heaven Can Wait", canção que tem arranjo bastante simples e até previsível, mas que ganha muita força na execução e interpretação, especialmente no refrão que considero um dos melhores do álbum. Mais uma canção para ser ouvida ao volume máximo, e que danem-se os vizinhos!!!

Com um pouco mais de peso chega "I'm Not Running", rocker bacana mas que não fica entre as minhas favoritas, especialmente pelo arranjo mais moderninho. Com uma aura toda 80's de seus melhores momentos, a ótima "No Way Without You" restaura a empolgação do álbum com um arranjo frenético e melodia bastabte simples, mas acredito residir justamente aí o segredo dessa canção. E aqui chega "We Own The Night", um mid-pacer destruidor e envolvente, com melodia tradicional e backing vocals muito bem colocados, além de ter todas as bridges e refrão arrepiantes. Sem dúvida, um dos grandes - e melhores - momentos desse álbum, assim como a empolgante "All For Love", outro rocker poderoso e carregado de energia, além do refrão grudento e absolutamente marcante.

Na reta final temos "Breathless", um rocker bacana mas que não agrega muita coisa ao que já foi mostrado, ao contrário da arrasadora "Turn The Dial", a bonus track da edição japonesa. Uma dose cavalar de melodic rock da melhor qualidade, com guitarras certeiras em uma melodia empolgante que conta com um refrão arrepiante, além de trazer uma das melhores interpretaçãoes me Mr. Ernlund. Acho um pecado essa canção não ter integrado o tracklist original, já que a considero sem a menor sombra de dúvida um dos grandes destaques do álbum.

Em resumo, nibelungas e nibelungos, este álbum é mais que recomendado. Não apenas pela qualidade que transborda ao longo de seu tracklist, mas principalmente para mostrar que uma banda pode atualizar sua sonoridade sem abandonar sua caraterística e/ou sem soar completamente diferente. O que temos em "Coup De Grace" é uma coleção absurda do melhor AOR/Melodic Rock sueco, e me arrisco a dizer que este é um dos melhores álbuns da década e, por tudo isso, ele merece estar em sua coleção.

TREAT - Coup De Grace

Released on May 26th 2010, via King Records (Japanese Pressing)

Cat. #KICP-1466

Tracklist

01 Coup De Grace

02 The War Is Over

03 All In

04 Papertiger

05 Roar

06 A Life To Die For

07 Tangled Up

08 Skies Of Mongolia

09 Heaven Can Wait

10 I'm Not Running

11 No Way Withou You

12 We Own The Night

13 All For Love

14 Breathless

15 Turn The Dial


Lineup

Robert Ernlund - vocals

Jamie Borger - drums

Anders Wickstrom - guitars, backing vocals

Patrick Appelgren - keyboards, guitars, bcaking vocals

Nalle Pahlsson - bass

Guest Musicians

Mats Léven - backing vocals on "Tangled Up" and "All In"

Peter Mansson - additional percussion

Fredrik Thomander - additional percussion

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